Uma nova tempestade se aproxima, vinda das montanhas.
No horizonte posso ver os raios e relâmpagos costurando o céu momento sim, momento não. As nuvens brancas de outrora agora engolidas pela negritude de suas páreas, mostram sua cinzenta faceta. Um belo espetáculo com certeza. Os flashes, o cheiro de terra molhada, as luzes de 127 volts piscando; Vai faltar luz.
O fone de ouvido quase sussurra ?Hoje esta tão frio, me cubra desta vez, me cubra desta vez...?. Enquanto o estabilizador resmunga ? Plec! Plec! Plec! Plec! Plec!

Frapê de banana. Bem que um agora cairia bem... Bem gelado, com um daqueles sanduíches da Subway... O vento aumentou, os fios de eletricidade balançam lá fora faiscando ao se encontrarem, acho que vai faltar luz...

Sabe em dias como esses eu sinto falta de algo mais serio, sabe? Uma mão pra tocar, alguém pra envolver, nada contra essas relações superficiais, mas às vezes faz falta. Nada que uma dose cavalar de calmante não resolva. Aff! Olha o que eu to dizendo... Os relâmpagos estão aumentando cada vez mais, não que eu consiga ouvir as trovoadas com fones de ouvido em alto volume, -Ãh? Hein? Surdez? Que isso?

Sabe aquele cd legal daquela banda legal que só eu você e os caras da banda conhecemos? Não é mais o cd legal daquela banda legal que só eu você e os caras da banda conhecemos, eles assinaram com uma mega gravadora e agora tem cd deles ate no camelô por cinco reaus! Legal não? Acho que não vai chover mais... Pelo menos não parece.

Adoro as luzes da cidade, as luzes da ribalta, as luzes que vejo da minha janela à noite.
Adoro ficar doidão de estrobo, não, não, não é nenhuma droga nova. É estroboscopio aquela luz rápida de boate, tenho um pouco de fotosensibilidade e aquilo me deixa agitado sabe lá por que. Acho que neces...

...Faltou luz.